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Teorias que n​ã​o interessam a ningu​é​m

by Uno

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1.
Eu sou Kafka na selva em metamorfose modesta Nem homem nem bicho, eu vim da fase de transição Durmo como um deus aliviado pela criação que fiz De consciência tranquila. Seja qual for o fim. Mais um fantasma sensível ao toque Mas tira a selfie porque à noite eu quero masturbar-me um pouco. Diógenes estava certo, tudo isso é estar morto Sou o único sincero rodeado de escritores, Cabrões com a certeza de que descobrem tudo hoje E saber que não sou tão mau anda-me a pôr bem disposto Se a vida custa tanto, então aproveita e morre Soube que parece literal quando a mente passa fome 100% de inspiração, privacidade para ser bicho Já não é ser underground, é só mesmo individualismo Sinto-me assim na selva e em casa desprotegido Era só isto que Kafka não tinha percebido Mais uma vez o clássico estava errado Continua a ser um clássico mas é bom ultrapassar Depois deste álbum já só me encontras na selva (eu sei que custa, mas é mesmo para ir para a selva) Mais uma vez o clássico estava errado Continua a ser um clássico e foi bom ultrapassar Depois deste álbum já só me encontras na selva O embrião não está completo, ele sai quando quiser Mas para a próxima ensinem-no só a pensar antes de nascer Bater uma antes de foder. Por exemplo, em mim nada foi cedo Sofri pouco e sou mimado, isso bate mal e fode sempre Chego a pensar que tudo o que gravo podia ficar p’lo meu quarto Do ponto de vista literário faltou crescer um bocado Do ponto de vista musical ninguém abana o rabo Obrigado por me ouvirem (Muito obrigado) A selva libertou-me, a lei favorece o mais fraco Separei-me da Mariana quando se civilizou demasiado Não me encontro na corda bamba entre o génio e o queimado Sou só isto e ser isto não envolve qualidade Não posso dizer não? (Não!) Então? Sigo esse caminho mesmo que seja contradição Sou daqueles que encontram a sua versão de deus O cabrão a mim disse: “Se queres acordar do coma faz um sinal e mexe os dedos” Só por isso é que eu escrevo Evito o despiste, mas aproveito tudo o que vem por acidente Mais uma vez o clássico ‘tava errado Mais uma vez o clássico ‘tava errado mas continua a ser um clássico Mais uma vez o clássico ‘tava errado ELE LEVOU-ME ÀS CAVALITAS, AGORA EU OCUPO O CARGO
2.
O Saco 03:42
Deixa-me simplificar Eu vivo assim para decidir mais tarde Eu não sei no que é que me vou tornar Hoje acordei e enfiei um saco na cabeça Não sufoquei pois era um bom saco de erva Às vezes acontece o que queres que aconteça E acabam-se os dramas que fazes nas tuas letras O objectivo aqui é perceber o homem Que mata o mosquito, e eu certifico-me de que eles o comem Tu não és tu, és só um bocado de humanidade E de facto parece mentira se não houver uma unidade Quando ‘tiveres farto de ti, arranjas mais para pensar E dás uma parte de ti a outro lado da guerra Compreendo o mais nojento, a laia pode ser a mesma Mas eles pensam nas palavras, e a minha palavra pensa que um dia vamos andar na rua nus Entramos à pica numa nave que vai para outro mundo E até lá como terrestre apenas cavo fundo e cago para quem tem medo deste buraco de profundidade Deixa-me simplificar Eu vivo assim para decidir mais tarde Eu não sei no que é que me vou tornar Acabo a vender o cu, ou vou ser um bicho raro! Um tiro nos cornos pode ser uma solução Se achas que é para teu bem, dou-te toda a liberdade Eu fico cá, conforme a forma de me conformar Sinto um dever a chamar-me e é mais urgente ainda Sem visão para enriquecer, só quero uma vida Aquelas que um gajo brinda
3.
(Uno e Catarina): Não há trip quando ‘tás com a tribo. Tudo o que há é uma visita muito simples. Confirmar o que eu digo… O que é que dizes? (2X) Estou sintonizado na positividade Com um rasto de quem já esteve no outro lado É não saber se fico ou não saber se bazo Prever que intensifique, não fazer com que passe Em cada debate eu gostava de ‘tar errado Então reajo: Cabe a mim ser a verdade Fumar uma sabe bem, mas digo-te por experiência própria Ficar por aí vai-te por em paranóia A manobra de marketing seduz Mapas para calcular o máximo que fujo Países divididos para o mundo não ser um “Isso não fez sentido nenhum” Ya, a solidão é que fez de ti maluco Mas ninguém me passou a receita Ao confirmar a surpresa, eu trouxe-te a desfeita Nunca li livros, nunca vi filmes ‘Tou satisfeito porque sempre os escrevi e sempre os fiz E para mim é um g’anda filme ir à rua Avalio o perigo, leio da família o “Vai” Completei a escola, agora isto quer trabalho Quis vender-me a preço mínimo mas até nisso eu falho! Não há segredos quando não entendes Resolvi que vou ligar aos meus putos e enrolar este… … … … …. ‘Tá-te a dar um impasse… Não tem a ver com o fumo nem com a quantidade ‘Tás só a esperar um milagre Na quasi-memória já te vês a liderar Mas não há tempo para acumular a teu favor Tudo demasiado rápido para poder mostrar amor Quando descobres um caminho não vais atingir um todo MOKUSO Repouso para tirar sentido ao corpo E o meu bisavô dizia que há tempo para tudo Plantou isto tudo… Aconteceu bazar antes de ver o fruto Mas o melhor que podes deixar neste mundo é mais simples Trabalho a ser desenvolvido nas eras seguintes (Uno e Catarina): Não há trip quando ‘tás com a tribo. Tudo o que há é uma visita muito simples. Confirmar o que eu digo… O que é que dizes? (2X) “(…)Passou por muitas crises, mas nunca ‘teve tão preparado para enfrentar as soluções) Rogério Colaço
4.
Rott: Primeiro avança encara o Rott, agora check O cheiro a ganza invade o spot, como o meu rap Boxe lirical, Mohamed, soco na boca Só que a palavra chega onde a mão não toca Motherfucker tenta, como é que numa cabeça oca pouca merda entra? Liberta a mente, fica atento, pensa Bem-vindo à escola dos marados, olha para os dois lados Porque o som vai-te apanhar como o Uno enrola charros Uno: No espaço e tempo, bem sincronizados Desfruto do charro e do beat rapidamente fabricados A vida é uma e zero ficam cá Vais morrer muito cedo, logo acende o pica já Em forma nasce mais um estalo que a cabeça por si dá Sem dar por isso ‘tou perto de mim, longe de me sacrificar Sou carne viva a bafar deste splif na cidade Nasci para ser espigado Não fingir que não faço Uno e Rott: Fantasia, Agora ‘tão lá todos, mas antes ninguém queria Eu bazei, peguei no que havia Vim cá para baixo porque em cima não cabia E tu tás seco, Numa fonte de azia Rott: Então tu boy… Uno: Sente a tua mente a unir Rott: Pegados pelo crânio, eles ainda tentam fugir Uno: Podes vir, encontras-me num futuro próximo Inverto a situação, traumatizo o episódio Se for preciso, não hesito. Tu do nada não existes A fumaça no quarto abafa a visão desses chibos Sou um fóssil, sem ceder à anomalia O beatmaker saca loops e sê bem vindo à fantasia Mato só quem estraga tudo o que esta rima purifica Mas para eles isto é uma fase, vêm e nunca ficam Rott: Sou Rott mano, flow shotgun Tóxico e narcótico, lógico, ‘tás ofegante Humano-mutante. Ando a cuspir no beat com o feitio do mano Pisas o meu spot e sais cocho Roxo com pontos e cortes dentro da cabeça Nem sabes como, fazes com que seja fácil emboscar-te num tom Dedicado ao sub-som, no fundo sou Tudo o que tu quiseres menos bom Olha o caos , Rap Holocausto Espalha brasas e com o fumo, ficas logo exausto. Uno e Rott: Fantasia, Agora ‘tão lá todos, mas antes ninguém queria Eu bazei, peguei no que havia Vim cá para baixo porque em cima não cabia E tu tás seco, Numa fonte de azia
5.
Os Meus 15 03:00
Perco o bilhete, até a identidade Era uma viagem de volta, a ida é quando nasço Vi uma ilha, salto do barco Alguém diz “fica aí, não comeces a nadar” Eu vou lá. Não encontro claridade. Reconduzo Boaventura à aventura que há Faço amigos imaginários, e isso é tão vulgar Não sou ninguém para criar Mas meti a cabeça dentro dela e vi um espaço, sem ninguém para citar E admito que quando digo “tenho experiência nisso” É um filme proibido… “O que é que eu vou pensar? Ou vou ficar deprimido? Se calhar não vale a pena o risco…” Para mim é mesmo esse o princípio do que era muito bonito Se antes não fosse ridículo. Pensava que ser ingénuo ainda tinha as suas vantagens Agora como sei o que uns sorrisos trazem… Essa magia não se fez, nem veio por acaso Se um dia me falharem vou achar que foi sempre falso Tomo e relaxo… Podia fingir que engolia e deitar fora. Mas já ‘tava sedado. Como um verdadeiro curado Quem me dera ter visto a vida a andar para trás. Mas -Não há electricidade -Não me posso refugiar Vai ter de ser enfrentado Enquanto ‘tiver a pensar acho que não me vou lembrar de nada Deixo as chaves dentro de casa (‘Tava tudo bem…….) Neste mundo não há nada que falta Sou só um puto, e como tal tudo farta Não tenho visão para o mapa E tinha de fazer um álbum sem faixas gravadas “Ah, os conflitos aparecem” Nunca disse que não (este álbum contém todas as minhas negações, passadas e presentes) Só quis simplificar o que não é fundo da questão Até agora afirmei-me no momento de pegar no mic e fazer rap Hoje foi o julgamento. Levar a consequência do que eu tenho dito Mais fodido de ser tímido é quando o sou sozinho E se achas que é duro ser escravo imagina o que é para mim Fazer-te ver que tens que sair daí… E foi assim a história dos meus 15 Aprendi com o meu radicalismo Mas se calhar tu vais conseguir puto… Percebe a minha falha e acredita em tudo Enquanto ‘tiver a pensar acho que não me vou lembrar de nada Deixo as chaves dentro de casa Um dia um bocado de ego soou assim Voltei ao prédio… ‘tive de traduzir o ruído do meu cérebro Eu acredito mesmo que isto não tem nada de esquizofrénico ~ Este som pode ser um bocado confuso. Talvez para algumas pessoas, mais distantes de mim, possa não falar por si. No entanto, é simples: a história do meu radicalismo adquirido em meia dúzia de dias, pouco depois de ter feito 15 anos. Acabou com as consequências mais softs, por ser uma criação protegida Perco o bilhete, até a identidade Era uma viagem de volta, a ida é quando nasço Vi uma ilha, salto do barco Alguém diz “fica aí, não comeces a nadar” Eu vou lá. Não encontro claridade. Reconduzo Boaventura à aventura que há Faço amigos imaginários, e isso é tão vulgar Não sou ninguém para criar Mas meti a cabeça dentro dela e vi um espaço, sem ninguém para citar E admito que quando digo “tenho experiência nisso” É um filme proibido… “O que é que eu vou pensar? Ou vou ficar deprimido? Se calhar não vale a pena o risco…” Para mim é mesmo esse o princípio do que era muito bonito Se antes não fosse ridículo. Pensava que ser ingénuo ainda tinha as suas vantagens Agora como sei o que uns sorrisos trazem… Essa magia não se fez, nem veio por acaso Se um dia me falharem vou achar que foi sempre falso Tomo e relaxo… Podia fingir que engolia e deitar fora. Mas já ‘tava sedado. Como um verdadeiro curado Quem me dera ter visto a vida a andar para trás. Mas -Não há electricidade -Não me posso refugiar Vai ter de ser enfrentado Enquanto ‘tiver a pensar acho que não me vou lembrar de nada Deixo as chaves dentro de casa (‘Tava tudo bem…….) Neste mundo não há nada que falta Sou só um puto, e como tal tudo farta Não tenho visão para o mapa E tinha de fazer um álbum sem faixas gravadas “Ah, os conflitos aparecem” Nunca disse que não (este álbum contém todas as minhas negações, passadas e presentes) Só quis simplificar o que não é fundo da questão Até agora afirmei-me no momento de pegar no mic e fazer rap Hoje foi o julgamento. Levar a consequência do que eu tenho dito Mais fodido de ser tímido é quando o sou sozinho E se achas que é duro ser escravo imagina o que é para mim Fazer-te ver que tens que sair daí… E foi assim a história dos meus 15 Aprendi com o meu radicalismo Mas se calhar tu vais conseguir puto… Percebe a minha falha e acredita em tudo Enquanto ‘tiver a pensar acho que não me vou lembrar de nada Deixo as chaves dentro de casa Um dia um bocado de ego soou assim Voltei ao prédio… ‘tive de traduzir o ruído do meu cérebro Eu acredito mesmo que isto não tem nada de esquizofrénico Este som pode ser um bocado confuso. Talvez para algumas pessoas, mais distantes de mim, possa não falar por si. No entanto, é simples: a história do meu radicalismo adquirido em meia dúzia de dias, pouco depois de ter feito 15 anos. Acabou com as consequências mais softs, por ser uma criação protegida Perco o bilhete, até a identidade Era uma viagem de volta, a ida é quando nasço Vi uma ilha, salto do barco Alguém diz “fica aí, não comeces a nadar” Eu vou lá. Não encontro claridade. Reconduzo Boaventura à aventura que há Faço amigos imaginários, e isso é tão vulgar Não sou ninguém para criar Mas meti a cabeça dentro dela e vi um espaço, sem ninguém para citar E admito que quando digo “tenho experiência nisso” É um filme proibido… “O que é que eu vou pensar? Ou vou ficar deprimido? Se calhar não vale a pena o risco…” Para mim é mesmo esse o princípio do que era muito bonito Se antes não fosse ridículo. Pensava que ser ingénuo ainda tinha as suas vantagens Agora como sei o que uns sorrisos trazem… Essa magia não se fez, nem veio por acaso Se um dia me falharem vou achar que foi sempre falso Tomo e relaxo… Podia fingir que engolia e deitar fora. Mas já ‘tava sedado. Como um verdadeiro curado Quem me dera ter visto a vida a andar para trás. Mas -Não há electricidade -Não me posso refugiar Vai ter de ser enfrentado Enquanto ‘tiver a pensar acho que não me vou lembrar de nada Deixo as chaves dentro de casa (‘Tava tudo bem…….) Neste mundo não há nada que falta Sou só um puto, e como tal tudo farta Não tenho visão para o mapa E tinha de fazer um álbum sem faixas gravadas “Ah, os conflitos aparecem” Nunca disse que não (este álbum contém todas as minhas negações, passadas e presentes) Só quis simplificar o que não é fundo da questão Até agora afirmei-me no momento de pegar no mic e fazer rap Hoje foi o julgamento. Levar a consequência do que eu tenho dito Mais fodido de ser tímido é quando o sou sozinho E se achas que é duro ser escravo imagina o que é para mim Fazer-te ver que tens que sair daí… E foi assim a história dos meus 15 Aprendi com o meu radicalismo Mas se calhar tu vais conseguir puto… Percebe a minha falha e acredita em tudo Enquanto ‘tiver a pensar acho que não me vou lembrar de nada Deixo as chaves dentro de casa Um dia um bocado de ego soou assim Voltei ao prédio… ‘tive de traduzir o ruído do meu cérebro Eu acredito mesmo que isto não tem nada de esquizofrénico
6.
Comentador: Não posso dizer Este skit relata uma ida para a vivenda da minha avó. O motivo, a descarga e o chill.
7.
Uno: A javardar já vai dar para mim Calha bem Lá me mantenho antes de ir, paro o mundo a meio caminho Perco o objecto, deixo cair Ou vou ficar lá perto sem objectivo Fica só na trip, microfone e weed Beat não pode ser vendido, só te ensino, no fundo hip hop é isso Logos. Sem raíz tipo Lego, acho que nunca fiz rap. Monto a peça com discurso A meio do meio já tenho a ideia feita Não reduzi o bass e o vizinho nem chateia Pode ser à minha pala, o código bloqueia (falta de pro-actividade) Logo o que eu trago na mão, CONSULTÓRIO RECEITA E onde tu próprio te deitas, vê valor na sócia Tipo a faixa, não foi. Dá-lhe mais amor na próxima Não me armo, só vejo a estrela e é mais do que óbvio não andar aqui com os pés assentes na merda Paciência Acertam-me com meros acertes na regra Mas tudo passa pelo meu exame de consciência Outro loop e DOU. Tudo se repete Afundo sem mudança forçada e a cabeça de árvore cresce. Uno, Benny B. e Vácuo Meio caminho, porque não vou andar muito nem pouco Devagarinho, pois nem tudo tem troco Sou um maluco meio louco Sempre de um loop para o outro Sei que assim não vou andar muito nem pouco Só meio caminho Vácuo: Busco a verdade refundida num monte de palha Cuspo o que bate na ferida, um gajo não esconde falhas O mic é que se chiba, tudo o que lhe conto espalha É um fight com o infinito, só o segundo é que ganha Ponteiros giram como damas em dias de chuva São canteiros que picam e reclamas que nem tinhas luvas Toma esta a ver se é desta que mudas Tenho escrito na testa: Não se aceitam desculpas Neste ambiente condicionado, com o meu ar de inconsciente alucinado Sirvo o tempo sabendo que é um vício nato faço um sacrifício e bazo. A meio caminho deixo um escarro para quem ficar para trás saber onde passo Desliga as luzes mano, no escuro eu conduzo Vamos ver o absurdo, anos passam como segundos Quando captas o que cuspo, mas nem tudo é tão sujo É mesmo assim, tens que ser justo e venha o seguinte Nem metade do que penso é metade do que faço Liberdade é um consenso, cada um com o seu espaço Quero ser livre e viajar, ser mais um perdido achado na amizade eu vi a chave para nunca sair manchado E se der merda sou o primeiro a assumi-la Não fico à espera que carregues a mochila Não sei se assimilas ou simulas Se é meio caminho não confundas, porque as chances de chegar ao fim Aqui são nulas. Uno, Benny B. e Vácuo: Porque nem vou andar muito nem pouco devagarinho pois nem tudo tem troco Sou um maluco meio louco, sempre de um loop para o outro Sei que assim não vou andar muito nem pouco Só meio caminho Benny B. Tiro a erva do saco vou colar esta cabeça com esta Era metade, pois há uma cabeça que não presta adormeço no convés, confere ondas a bater (vou nessa) foda-se a fazer bro segue ‘tou a ver que ‘tou cego nem te esticas pois sou entendido do assunto sem explicações sem dedicação nem dedicações ou dedicatória ya eu fiz a historia e oh tu ficas fora sim agora gira droga p’a sonhar acordado um gajo nada na almofada p’a acordar afogado nada vale nada tipo as rimas que pus de lado e de levantar garrafas fico com o fígado musculado e a marmita costurada, assim a custo de nada cuspo lagos lá na rua varias luas sinto me acostumado faz a tua não sou de me conter costumo 'tar fora de mim conteúdo vagueia consumo varias horas aqui sim mas veja se percebe, 'tou tanto tempo na lua que quando desço à rua sinto me um extra-terrestre evacua ou deixa-te quieto quando a mancha persegue não descansa nem recua só quando alcança sucesso ya e podes me encontrar a falar sozinho em quem mais posso eu confiar depois ya estalo pozinhos e vou fumar falo po vinho ouve la mal te ouvi e 'tou cá malkovich larga os filmes ninguém te da ouvidos Uno, Benny B. e Vácuo Meio caminho, porque não vou andar muito nem pouco Devagarinho, pois nem tudo tem troco Sou um maluco meio louco Sempre de um loop para o outro Sei que assim não vou andar muito nem pouco Só meio caminho
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Consultório 02:38
Se a pátria guiasse o meu caminho eu ía à guerra por amor Na bala da arma que atingisse o meu interior Todos nós em conflito e em confronto Prontos a dar o litro e acabá-lo a beber aos poucos Somos frutos uns dos outros, por isso exijo tolerância Já dizia o teu avô que levou nos cornos em criança Como o mundo é tão pequeno fora da distância Que separa o que dizemos da nossa ignorância Vai-se tudo num segundo. Sim. Esse da decisão Incisão no cérebro e mete o coração a falhar por completo Ainda espero por uma melhor missão Caso contrário desisto ou compro uma passagem para o deserto Mas ainda não. Mantenho o estado de tranquilidade Mesmo que isso prove como posso ser tão cobarde Atrás do último passo para a profundidade Na hipótese de te dar outra via antes de seres internado Qual o propósito do teu obstáculo? Descobre-o e vê como é bom ultrapassá-lo. É sinal que ainda vives bem leal aos instintos E foge do progresso que é um mal primitivo Pensava que era livre, mas agora temo Que isso perdoe a vontade de só olhares para ti mesmo Sempre atento ao interesse até ficares interessado Já mais honra tem o ladrão do que o burro que foi banhado Tempo é curto para ficar Convém não chegar atrasado “Ao quê?” man, um gajo já nem sabe Às vezes só queres um tempo para pensar Outras vezes dás por ti e já foi demasiado Ainda no mesmo loop, sinto que tenho de viajar Praí uma vez por hora só para não me passar E o que é que a vida de uma formiga vai ter menos do que a minha? Nada. Também ‘tou cá porque ‘tive sorte E ganhei por mero acaso a corrida dos espermatozóides. É isto que eu sinto. Nada me envolve ao mito Deus é um dos nossos, desprezado enquanto vive e idolatrado quando morre E se tás sozinho, SÊ BEM VINDO AO CONSULTÓRIO. VAIS SER BEM TRATADO.
9.
Quando souberes que a natureza intensifica o teu estado emocional Já vai estar no seu final E perdes tudo nessa base, vais ter um habitat quando fores mais animal Não havia ninguém, quis continuar desta maneira Impressão não foi justa com a pressão de ser primeira E o ego sobrevive, claro que quero tentar de novo Ou saber distinguir humildade de ‘tar a desistir de mim ‘Tava tudo bem, não era esse o objectivo Consciência limpa não significou livre E eu sempre senti o medo de ser cedo e ser sempre o momento errado Só com 17 perdi a virgindade Se bem que nunca fui o gajo que desse conselhos para o engate E quando fazia sons de amor não dizia verdades ‘Tava preparado para tornar o caso genérico Mas quando rimo não duvido de que posso amar a sério A minha conclusão foi sempre óbvia: Ficar de parte O ódio por conflito fez-me elogiar cobardes Talvez alguém me agarre da próxima vez que falarmos Espero que me convençam a passar para o vosso lado Porque vocês querem ganhar e eu quero os argumentos Ir pelo caminho certo e não perder mais tempo… e perder-me. Não sou mestre de cerimónia alguma Na festa onde eu vou sou maltratado pelo suga O direito do artista a ser política de gente Depois percebo o convite que recebo da JCP (compreendo perfeitamente) Se calhar só vais em frente para seres do contratempo Ou se calhar para além de vontade acho que também conta ser humano da vida real Desliga-te um pouco por dia Respeitando tudo e todos e não só se for família Não percebi Não perceber é a vontade de perguntar Também leva o seu egotrip recusar-me a ‘tar parado Vou contar a história do mercado: Equilibrar um bem primário em função do seu gasto Nem tudo é manipulado como andaste a conspirar Podemos mandar tudo abaixo, só não ‘tamos inspirados Quando quis resolver disseram-me que eu tinha síndrome de deficit de atenção até na rima! Sou a minha única censura.
10.
Uno: Aliado à sociedade de aluados, sinto mais uma temporada O miocárdio tem ouvidos, daqui não sai nada E assim durmo descansado numa cratera Vocês vêem-me daí, eu também vejo a Terra E tenho contacto quando me dá saudades Mas não escrevo sobre amor se a escrever eu faço Não há meta é só continuidade, para partir de onde queres chegar Oferece comida e tecto quando te sentires desconfiado Leva a família a casa, deixa-os na cama e sai Na rua o Sol brilha para todos, mas não fica em todos o primeiro raio Fico parvo mano, isto é lindo Até o stress é bem vindo “Faz-te um homem” Ya, mas antes gostava de fazer sentido Acho que não é a segunda vez que penso desta vez Queria aprender com os erros, são todos diferentes Se eu ‘tiver duas faces e por acaso repares, vem fazer com que esta junção chegue para as separar Uno e Ritinha: ‘Tou na paz a procurar conflitos (Uno) Conflito entre o meu ritmo e o desejo que não sinto (Ritinha) ‘Tou na paz a procurar conflitos Olho para dentro, porque este é só comigo ‘Tou na paz a procurar conflitos (Uno) Quando contemplo é fora do meu tempo (Ritinha) ‘Tou na paz a procurar, não sei se dá resultado E o facto de andar meio frustrado mostra-me o caminho (Uno) Contemplo recriações do momento Deixa o desejo, não fiques de fora à janela Entra, a porta está lá fora Sê o ritmo do chamado tempo (Ritinha) Uno: Bem chill também me solto E a dissonância serve para saber que arrisco sem nenhuma confiança Combino com quem vem por acaso, passo horas sem contar Ou querer saber da palavra, acho que consigo ver a vontade Escolho o tipo de liberdade, e deixo-me levar Olho para trás e acho que me queixei demais Sujeito-objecto já não fazem uma relação Aprendem um com o outro, e agora ensinam-me união em cima da pressão ‘Tou na paz a procurar Não quero saber de mim e se quiser é por acaso Autista ou autómato, é uma escolha a curto prazo Cheio de visão para o futuro, só a memória é que não reage Uno e Ritinha: ‘Tou na paz a procurar conflitos (Uno) Conflito entre o meu ritmo e o desejo que não sinto (Ritinha) ‘Tou na paz a procurar conflitos Olho para dentro, porque este é só comigo ‘Tou na paz a procurar conflitos (Uno) Quando contemplo é fora do meu tempo (Ritinha) ‘Tou na paz a procurar, não sei se dá resultado E o facto de andar meio frustrado mostra-me o caminho (Uno) Contemplo recriações do momento Deixa o desejo, não fiques de fora à janela Entra, a porta está lá fora Sê o ritmo do chamado tempo Satisfação, Ser a melodia do momento A criação, Se faço parte, estou em paz (Ritinha)
11.
Só ficaste dormente e quando não sentes nada só te resta sorte, sucesso e muita disciplina Obedece à lei temporal, oferece-me a eterna Como a batalha é curta consegues ‘tar mais alerta Eles falam, evitam que vás por maus caminhos Mas quem nunca peca não me tirou a primeira pedra O people que gozou não me tirou a primeira pedra Pode ‘tar tudo contra ti. Mas mano, tu faz na mesma Atreve-te e percebe que és só o início O pro arma-se em esperto quando não prevê prodígios Bob, mantém a perna e deixa que o cancro suba Pode ser que a notícia bombástica entretanto expluda Há leis impercebíveis para quem as estuda Ao nível sensível que a experiência nem ocupa (Que experiência tão absurda), por isso o remédio é o que faço Saber estar apaixonado só pela inutilidade Já nem conto os dias, o crânio disse que já não queria Assei completamente ou ganhei um objectivo para toda a vida Bué sinistro mano, Tipo dizer no meio da avenida Eles param-me a mim, ao JP e ao Pilha Isto são dicas de engate à chungaria que me assalta Desvantagem numérica é só lei temporária Mil litras num balde que eu vim espalhar à malta Mais vale ficarem zonzos do que despertos para a batalha Porque não há diferença nenhuma entre nós Percorram os ante passados e vamos dar a um sócio Vim tornar mais limpa a alma do negócio Sem a mentira que fode no amor ao próximo Nada se transforma, repara que tudo se resolve Quando a química é boa com o lado mais forte Ya, o sítio onde ecoam Prontos para lutar contra a causa natural da tua morte E falta-te algo para a manobra A promoção agora vale o skill da manobra E para vosso bem sofram o mesmo que eu: As voltas que a vida nunca deu Era da luz ardeu com tudo e agora parece um duplo numa personalidade Só tem fumo, muda o mood como quem quer gostar de tudo um pouco Cheio de versatilidade segundo quem não se encontra Então obedece à lei intemporal A vossa figura é uma sobra É mesmo esta a lei intemporal E o que assombra é o facto de estar dependente de outra Obedece à lei intemporal Quando te apetece falar de tudo sem mudá-lo Eu não tinha outra hipótese se não bazar Encontrei-me nas portas da morte, Por sorte o trapalhão não chega lá
12.
Rott | Hidropónico | https://www.facebook.com/rott.kazotamove Benny B. | Alpacamasca | https://www.facebook.com/brokerux EP Consultório | http://consultorio.bandcamp.com TK & UNO | https://www.facebook.com/Tquintans/ Pilha | (não sei o nome) | https://soundcloud.com/opilha Trip | (não sei o nome) | Cevas | https://www.facebook.com/cevasrapper

about

1º Álbum a solo do Uno. 10 produções do próprio e 2 do Pilha. 5 vozes convidadas (Rott, Vácuo, Benny B. Ritinha e Catarina), um solo de guitarra do André Marques e um Scratch do Tayob J


Teorias que não interessam a ninguém

Desenhos: Pânico

Para ouvir em stream e fazer o download :

consultorio.bandcamp.com ,
soundcloud.com/uno1musicas

Para algum esclarecimento sobre o álbum: facebook.com/paginadouno

Para concertos: 211335087 , unoraportugues@gmail.com , facebook.com/paginadouno

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released September 10, 2016

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