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1. |
Intro
03:43
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2. |
Baixo (feat. Puto P)
03:35
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Vivo pelo baixo
É
na nota e vibracao e no fundo que me encaixo,
Toca mais um grave quando a vida tá aguda,
Mete os phones , fecha o mundo e vais ver que tudo muda,
Bomba na coluna,
Até sentes arrepios na nuca, pesa o reverb a fazer cocegas na espinha,
Curou-me a escoliose pestana náo definha,
Sigo de peito largo da cozinha para o mundo e do mundo para a cozinha,
A fazer banquetes para a malta que gosta de partilhar a linha,
E esta é de baixo imagina,
Se não fosse este grave o que era das nossas vidas,
Perdidos numa pauta sem orientação saída,
Nem alguém atrás de nós que assegure que a falta não é sentida,
Honesto como a classe que tapa a cara
4 cordas ao pescoço a viver no inefável
Lá está ele, presta serviço aos amigos
Mas raramente manda um solo porque nunca esteve sozinho
Amplio a situação mais grave
Ponho-me a gritar por cima com raiva, depois calmo
A linha oscila sem parar como a do baixo
Cama para sons acasalarem e dar o filho lindo
Bem constituído, podemos fazê-lo aqui
Estiveste sempre no auge da casa e não serás lembrado
Nem sabem que vão sentir muito a tua falta quando desafinares
Sou eu que decido quando deve mudar
Mas no fundo é pai porque eu renasco cada vez que é tocado
Já não ligam, sinto muito
Ainda não ficam, é fumo a fumo
Sombras pisamos todos
No fim do dia o que importa é para onde foste
Quem te vir a acordar por lá
Que saiba o mundo todas as tuas noites
Na escalada da montanha
Ninguém vê estados espíritos na escada
À noite os lobos comem
Nunca estragues nada pela loucura
Põe-te à postura, mais uma
Largada na fugida
Continua...
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3. |
Mantras
03:39
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E hoje para me levantar da cama,
Repeti um mantra genérico,
Ainda tou a decidir se me parece inspirador ou pindérico,
Sei que são, Certas palavras que repetidas me dao o motivar sintético,
Necessário para enfrentar um mundo porco sem anticéptico,
Sao vocábulos, rábulas usadas, são as onomatopeias vocalizadas ,
De forma sincronizada, para te levar a zona de motivação desejada,
Onde náo és afectado por nada, onde a insegurança é macabra cabra maltratada,
Mas na lixeira virtual hoje a sujice é tanta,
Tive de lavar a cidade com gás e fogo para filtrar um mantra ,
Mas mesmo assim esta voz meus males não espanta,
Demasiada alterada na melodia para agradar a minha cabeça tonta,
Vai conta o que te motiva, a dizer o que te mantém vida,
A fase ou frase alternativa,
O clinch dum cliché que te persiga,
E a tanto te obriga,
O teu mantra ecoa na tua barriga,
Faz rever no teu umbigo mas nunca o perdeste de vista amiga,,
História repetida, cada um repete a frase que lhe soa bem ,misturada com o que lhe soa bem, nao e por mal nem bem , mas sempre papaste e siga, entao no silencio ouve-se uma frase batida,
Cada mantra é uma chance de recomeçar a vida, ,
Merda, recomeço atroz,
A repetir slogans industriais fiquei sem voz, arrastei-a por demasiadas vielas sem dó,
Antes de a perder ssenti o nó , agora repito mantras sem sentido sentado numa sala só,
Sem significado no pó, meu piano só toca dó, a restante sinfonia silenciou , por todos os mantras que tocou, e por conpurscar a sinfonia da vida com lemas que tornam tudo relativo , fui condenado a uma vida de mantras sem sentido,
Durmo sozinho sem amigos imaginários porque sempre tive um espião
passa-me o best off do Jim, ou compreende os meus ataques
Para eu não acabar ali a ler a revista visão sem vista para aquele parque
O prisma não me agrada
A delirar ou a fazer som posso gritar à vontade
e podes ver que já fui calmo
Quando tinha calma era doido às escondidas até decidir dar a cara
Aproxima-te à vontade, os dentes nunca foram facas
Se foram foram falsas para assustar a malta, era tão fácil
Sou a expressão da veia saliente na testa que dá conversa mas não cabe lá nem um dedo
Insere-o no teu buraco (um qualquer)
E se doer ou perguntarem porque gritas, são terapias do oriente
Já me perdi no meio do progresso que até simula atraso
Mas misturo bateria e baixo com palavras sem nexo para um gajo pouco cultivado
Louco, nunca internado
Habituado a dizer “éhh lá” e a ser o elo mais fraco
Depois ir para casa para treinar mais
E ver que a vida é Karaté mano, solta o teu Ki-ai
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4. |
Nem sequer pensava
03:29
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Nem se quisesse comia, nem sequer olhava
Para uma gaja boa quando ela passava
As ruas eram corredores da casa
Eu ponderava, reflectia, mas nem sequer pensava (x2)
Um minuto para sair e fazem-te uma reclamação
Caso ignores o teu posto de trabalho sofre arrastão
E eu apareci depois
Já não estava tão atento nem em todas as situações
Fui-me deixando abater por uma gaja
Mal saía
Não viajei por guita
Vê o que elas fazem quando um gajo até se aplica
Mas que se foda
Ao menos ouve os sons
Pesquisa no youtube os nomes nas horas em que vejo conteúdo porno
Agora não procuro domínios, era uma luta
E eu tinha de guardar a energia para o sistema
Editoras vi que eram treta
A minha avó que dê a opinião e edite a letra já que é ela que me sustenta e eu assino
Há muito que não pensava assim
Dizem que estou maluco mas perdi a pressa e provérbios não resultam comigo
Excede a verdadeira regra e diz que este peso a mais não é o do emprego nem dos filhos
Mas é parecido
Pensamento ao teu dispor, sujidade humana dói
Mas pensa sem utilidade, vê com a parte branca dos olhos
Sem segundas intensões não os fodes
Eles não te querem violar, querem é que tu gostes
só pode ser a mais bela arte,
passar tanto tempo numa catarse automedicada
sem me dar um enfarte ou uma cena marada,
abri a porta de casa olhei para a estrada,
bastante similar ao corredor que me antecipava,
há de ser confusão mental provada ou falta de pensamento,
ou a coiciência de ser um bocado tudo o mesmo,
e o meu mecanismo automático já foi ligado,
agora faço tudo sem sobrecarregar o cinzento encarregado,
é nefasto ter de pensar um bocado, queria nascer ponderado,
deslinhar o caminha traçado e ser globalmente reverado,
como o poço de todas as boas decisões do mundo,
mas o meu poço é seco e vil e vai demasiado fundo,
e não há de ser confusão mental mas afinal uma catarse meio resolvida,
fase temporária de todo o tempo da vida,
em que eu não como não bebo não fodo não fumo,
não olho para a próxima querida como um produto de consumo,
nem durmo, demasiado tempo acordado a tentar não adormecer
para ter mais tempo para tentar pensar ou pensar não o fazer,
na simbiose mais perfeita que alguma vez foi acontecer,
parido numa rua dentro de uma casa a estremecer,
faço-me fraco na hipótese de vaguear até ao adormecer,
mas mesmo assim na prega e com vontade de beber,
sem fome mas com vontade de comer,
sem dormir mas com sono, as ruas são corredores sem pensar vou pensando
Nem se quisesse comia, nem sequer olhava
Para uma gaja boa quando ela passava
As ruas eram corredores da casa
Eu ponderava, reflectia, mas nem sequer pensava (x2)
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5. |
Amanheceres
04:46
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6. |
Engano
00:49
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Observo o panorama,
amo quem me engana,
ignorância é dádiva no torturar da selva urbana,
aprendi a apreciar a beleza da omissão,
não a pratico mas salvou-me da implosão,
longe da cabeça, longe do coração,
perto da insanidade, perco se passar um bocado,
peço que não me mostres a verdade se sabes o resultado,
de antemão sabia que devias ter estado calado,
porque no fim até sei tudo,
sou seletivamente astuto com as merdas que tiro do mundo,
energias levam-te ao fundo e o submundo cola,
novo habitat entorta-te a mola até que já nada descola,
dessa mente morta, comporta, não reveles luz à marmota,
se a vida desta é toca
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7. |
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Dependemos do fim do vento para assentar
sem raíz consistente fui ao céu ser puxado (passou bem?)
esta mão contém restos
amigos verdadeiros, por isso não vão quando eu quero
evitar quedas ou ajudar-me a levantar-me depois delas
está tudo marcado para quando um gajo recupera
o céu abre assim que puder avançar
não cresci um caralho, odeio ser adulto, encaro isto como oportunidade
para ser porta voz do passado porque tinha razão
morria entretanto na estrada, mas com a pizza entregue
família cresce nos concertos, g'anda obrigadão
rendeu 400 a dividir por 10
e é tão bom assim
se eu for mesmo olha para cima,
sou eu a escrever com pássaros: sa foda o mainstream
de passagem,
aviõezinhos pela varanda foi a minha primeira estratégia de marketing
e nunca fiz melhor
mas acredito que para mim seja mais fácil ir falando com toda a gente existente
cara-a-cara, sem medo
se curtirem ficam com o meu número, e esperam pelo cd
vai ver o tecto da rua, tá limpo
ando profissional a manter o meu espírito principiante
eu sei que precisas do que não queres imediatamente
um ecrã público no céu com os teus pensamentos
Marcha fúnebre, elitismo sobre massas,
Lá fora é bonito mas cá dentro até te passas,
todos são cobaias ,vénias sobre males mas, está tudo bem,
ouço ao longe o pifarinho da minha marcha fúnebre,
não nos dávamos assim tanto mas agora há algo que nos une ,
e ainda bem que apareceste para me mostrar homenagem,
parece que com tanta gritaria lá passei a mensagem,
ou então vieste cobrar o preço, tive a pensar duas vezes e afinal não sei se te conheço, é que hoje em dia tudo o que gravo esqueço,
sou o começo do ser imenso que velhas tentam afastar agarradas a um terço
e como é que vais , ya compadre vamos indo, tá tudo tranquilo, em terras de limbo, este silêncio ensurdecer pôs-me a pensar mais
e acabei por criar carinho pelas minhas feridas mortais e de vez em quando também paro no agora,
Largo a penitencia por pensar e vou fumar uma la fora, por acaso saí da neura afinal não era minha, olha para cima fodass o céu reflecte o dia que se avizinha,
tantas cores 7 em linha , num transe que me domina, 3 arcos íris fundidos numa aguarela partida donde nasce vida, e eu vejo espectador já que a minha foi colhida, sim
o céu estava divino e eu parei para observar mas ao virar da esquina ouve-se a marcha a tocar. Estava traçado o meu destino e eu nada o fiz para o alterar mas deixa o caixão aberto que eu quero olhar
e talvez me redimir abraça a minha mãe diz que não fiz por mal e nunca quis ficar aqui, para todos os crimes que me acusam eu disponho de álibi, vivi uma vida de honra dependendo do que é honra para ti,
viajei por muitas terras foram muitas que não senti, tropecei em muitas quedas e muito mais alto subi, fui consumido em fogo e em cinzas me sumi, ouvi soar a minha marcha mas este e o céu mais lindo que eu já vi.
Marcha fúnebre, elitismo sobre massas,
Lá fora é bonito mas cá dentro até te passas,
todos são cobaias ,vénias sobre males mas, está tudo bem
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8. |
Mulheres
02:26
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9. |
Corridas contra ti mesmo
04:00
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Tou me a cansar pra que, tou me a cansar pra que,
tou me a cansar pra que
Numa corrida que ninguém vê,
Dentro desta pequena arena em que somos reis e senhores,
sem favores partimos na busca da palete da ausência de cores,
Sempre foi assim semelhantes a correr pro infinito,
o destino é a viagem e tenho dito,
correr em direções opostas a ver quem chega o primeiro,
segues de costas bates em ti mesmo depois de passares o mundo inteiro,
sou o país sem governo,
doutrina sem definição paradoxo sem questão,
político nasce sem terno cresce no partido que é a alusão a ilusão,
tanto tempo voluntário a sonhar com a remuneração,
para que me canse dela e me remeta a abstenção,
é a corrida,
vais saltas cais levantas e procuras a saída,
o suave desgastar é só batida,
e o que tá embaixo é comida, o rei da selva é homicida,
é a vida, não era bom descansar a perna sem a passar por cima
Nunca ouvi o disparo da partida
Na meta não há fita
Pelo menos ninguém que me a diga já
Ainda falta tudo para lá chegar,
é o que interessa
E em qualquer corrida o que importa é teres pernas
Vais pensar em mais o quê?
Se calhar mais vale silêncio
Estamos sempre a querer mais
Como viste até eu fujo do meu sossego
A grande corrida contra ti é estares quieto
Sem correr, sem morrer
Porque é que pensas que eu estou a falar?
Tanto faz, de corridas reais ou de produtividade
Sê humilde, é isso que eu tenho sido
Ouve isto até ao fim, eu digo-te como tem corrido...
u não me vês mas lês-me,tu és tudo e tudo é o mesmo
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10. |
Metáfora
04:09
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Então mais directo:
Como é sentir um raio dos nossos que mata o rei, salva o deus ou tira à sorte?
Procurámos atalhos para o céu no céu da boca
Gosma ficou por sair
Que se lixe, ‘tamos nessa onda todos
Lembra-me os momentos a foder táxis com balões
Agora tudo é uma metáfora, tanto palavras como acções
(É TEMPO OU ÁGUA)
Juntos somos mais fortes mas eu quero ser fraco
Enquanto a terra estiver próxima de sofrer o enfarte
Ou não queres prever o embate?
Dar na fruta despreocupado, desprotegido
Procurado por ti próprio mas ainda ocupado
O campo é vasto (o que é que se passa?)
Um contra um não nos encontramos
(Queres lutar?)
Se pensas que és grande o próximo passo é duvidadares
Porque a via, a corrida, o jogo
Deram motivos de orgulho para quem se interessou por pisar o outro
Mas vocês não dizem nada
Há sempre uma metáfora para ser procurada
Misturo realidades, por isso há quem me chame falso
Já caiu, tornei-me musgo no muro da tua casa e acho que vou preenchê-lo
Venho por bem logo entro logo
para desconstruir um mundo reduzido ao conseguir ou não fazer
Ou então junto o tal silêncio às minhas ideias
Quero um bom entendimento mas com a palavra inteira
Consciente de que aquilo que eu quero já não me diz nada
É só mais uma vontade entre as várias
Não serão satisfeitas por completo
E peço à natureza: domina-me
Choro e cresço diariamente, é a minha vida resumida
Agora rio-me poucas vezes
Mais para dentro do que para fora
A confiança nunca é toda quando rebento com uma porta
Seja vossa ou minha
Levo a sério a harmonia, rezo um caos nosso
Lei da selva pertence a ela, não é do mais forte
E tu vais ser caçado
Um inimigo prestes a ser abafado
Pois amo-te como tu me odeias e hoje apetece-me abraçar-te
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11. |
Planos a meio
04:13
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Simultaneamente aqui e a colar noutro ponto qualquer
Sempre mais longe do que estou à espera
Um momento, algo me interpela
Tirar as lâmpadas e pôr as velas
Como é que eu digo isto sem parecer ridículo?
A minha confiança é sensível
Ainda bem que ninguém quer acabar comigo
Não é fácil desabafar sendo a causa do teu estrilho
Toda a gente dizia que me ajudava se eu pedisse
Não pedi
Dependia de mim (bora)
Mas facilitar custa
Ler tudo e assinar sem perguntas já borrado de culpa
Pensamento à balda na merda que eu respiro
Tanto ser racional como vivo mas dividido em cada escolha
Em criança isto tinha mais piada
Agora dizem-me “pensa rápido” e não me atiram nada
Tempo a parar, quase nunca aproveito
Tenho um plano, bato de cornos com a lei e vou abortando
Vês-me bem? Estás-me a sentir distante? Foi neles que eu fiquei
Estado de vigília, objectivo pequeno
Ganda filme pô-lo em cena e um final em aberto
O que faço é o que sou
Deixei alguns planos a meio
De mim ficou metade e o mundo aumentou
E o senhor captou? planeava ser o epicentro do aumento mas tudo sem mim mudou,
pera ai que já lá vou, aguenta um bocado que já faço,
náo há tempo, nem vontade, nem recursos,
tá escasso, desde puto que não concluo metade das fases que passo,
meio rapper , meio poeta , meio punk , meio palhaço.
mas completo sorriso ao ver o mundo a arder,
seu eu planeasse nada disto iria acontecer,
man, regava tudo de gasolina e não trazia a ignição,
ou queimava me a mim próprio sem a chama tocar no cháo, do caos à paz,
do sereno à confusão, caminho personalizado pelo pé que toca no cháo,
de plano em plano furado até o meio ser conclusáo,
de nike em nike cansado por demasiada utilização,
tão bem que sabe vaguear um bocado,
depois de ter cagado em tudo do presente e do passado,
bazei de casa e na passada o resto tá trancado,
passei por percaução meti mais um cadeado,
das cinzas ao pó e da merda a tudo o resto,
o plano é não ter plano sem ser o manifesto, honesto, desde a partida no partido certo,
a improvisar maneiras de vir a rebentar com o tecto
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12. |
Já fodi tudo
02:48
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Apanhei os fósseis, não vi primeiro nascimento
Mas sinto a presença dele nos meus dedos enquanto preenchemos o branco
Sem satélites as estrelas eram poucas
Do outro lado do mundo falava-se daquilo que o grego conta nas termas
Eu era novo, queria ter visto menos personagens tipo
Mas acabo a repetir comportamentos
Por isso 24 anos foram 24 horas
Água, fogo, mantra, logos, soube de quase todas as hipóteses
E tentativas de atingir totalidades
Matar religiões porque o negócio é meditares
O que entrava no ouvido era a respiração enquanto subias montes
Havia a paz e o amor mano, só não havia nomes para isso
Porque ninguém pensava que ía escassar
Enquanto não corrigirmos o teu destino é passado
E eu já estou aqui suspenso (vem aí man)
A alma faz nudismo e nem para tudo tens uma primeira vez
Já fodi tudo
Queria regar um paraíso, inundei um buraco escuro
Que engole tudo
numa manhã de vácuo, inventei o tempo e banhei-me nele,
Senti o escorrer dos segundos pelo corpo e pele,
A cada respirar exalava toda a vida e morte,
Azar e sorte, fiquei com fome comi o espaço e fiz de fel e bilis na sala de corte,
Não é que me importe , mas é ingrato distribuir fé a matilhas de ateus ,
Então a humanidade nasceu assim do aborrecimento de um deus,
Decidi tentar uma ultima vez a formula furada,
Juntar a semente sagrada com uma terra abastada,
Mãe do tudo e nada, rocha embolachada que fiz especial no meio da maior fornada, mistura salganhada então enganei.me na receita por um microssegundo, e ai sucedeu a maior explosão alguma vez vista pelo mundo, e ai vi, o sol e lua numa dança ancestral,
Paixão carnal, que radia um e petrifica a tal,
Bonito espetáculo, bebo mais um golo da ambrósia mais barata no meu apartamento cavernáculo, no bairro de lata deste céu onde sou portador do meu furúnculo, debaixo da unha tenho um tentáculo, depois da ventosa tenho o mundo,
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13. |
Melga e Morcego
03:19
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Sombra até para quem conheço
Não conhecia nenhuma puta e hoje tudo tem um preço
Quem é que anda por aí? Sou o filho menos rebelde
Aquele que menos quer e acaba a dormir em pé
Para amanhã acordar às tantas
Bulir, sair e gravar maquetes
A energia depende do que está aberto a estas horas
Deixem-me abastecer e fechem a loja
Sou filho da sorte
São 5 da noite (isso existe?)
Sem saúde porque o vosso brinde já foi
Mas é só mais um atraso
Geralmente estou desculpado
O que conta é estarem todos acordados
Circula com pouco gasto
Guarda os 40 da mucha e apanha uber para o Carregado
Vampiros andam atentos aos teus movimentos
Quando a noite é uma criança sabem que a criança cresce
Não é cedo, mas murchas de cansaço
A natureza anda estranha para quem pensa em plantar
Hoje matei uma melga, que ela descanse em paz
Sou filho da noite e à noite fazem-se os animais dos mais chatos
Estou em contacto
A melga ouve o que eu vou rimar
Vivo sem muita confiança porque assim que puder ponho-me no teu lugar
Perdido na noite mais escura
Não existe luz na rua
Sinto que a luz solar a minha alma já não fura
Podia ir lá para fora mas o espectro censura-me (2x)
desliga o foco fecha a cortina pinta a parede sou filho da noite,
a girar pela cidade com uma garrafa e uma foice,
a mirar o horizonnte dum campanário atento às baladas,
e quando batem 12 então começam as caçadas,
bruxas enfeitçadas, receitam conjuras endiabradas,
em capelas arruinadas, abandonadas por pessoas que pela fé foram deixadas,
a convivência com fantasmas acontece aos olhos de gente calma,
aldeões à volta da fogueira em conselho,
hà profecias esta noite o céu está pintado de vermelho,
os gatos pretos foram esfolados e há uma semana que ninguem se olha o espelho,
os insetos lutam para não serem esmagados primeiro,
entáo sem opçáo repsiro escuridáo,
sou réu do bréu, duma noite sem previsão de terminação,
já adaptei os olhos às formas do vazio sem razão,
agora adapto a tua alma Às sombras do interior do caixão,
és tu ou eu não? campeão? nao devias sair de casa se não aguentas a pressão,
à noite soltam -se os demónios e as filhas da aflição,
são julgados os pecadores e a terra entra em renovação,
doutrinas e senhores são queimados a fogo posto,
só é salvo do renascer quem da escuridão é composto,
então o que dizem os meus olhos, a rotina traduz poço,
cai cospe na mão vomita a luz que consumiste ao almoço,
perde-te nos recantos da cidade que nunca foi inocente,
e mata, todo o indifrente,
que tenta pregar a um morcego que isto não são horas de gente, burro
sai da frente.
Perdido na noite mais escura
Não existe luz na rua
Sinto que a luz solar a minha alma já não fura
Podia ir lá para fora mas o espectro censura-me (2x)
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14. |
Barulho
04:30
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talvez peça desculpa por te interromper,
mas a comichão, de versos presos na gargante mete o meu corpo a estemecer,
quase que vomito quadras desenquadradas,
mas o urso hiberna e respeita o discurso do silêncio que se impos na caverna,
e sinto que se deviam ouvir vozes nas casas,
nas salas nos corredores nas camas nas estradas,
em terras perdidas e achadas na algibeira de alguma entidade que nos criou numa tarde entediada, somos nada,
por isso se esse é o cenário ,
não quebres o silêncio, se não for para dizer algo pega no mano do lado e convence-o,
que há muito muito tempo que soam as mesmas vozes repetidas,
e devido a esse cantar desafinado é que as nossas casas estáo vazias ,
era isso que querias, toda a gente fala mas ninguem se ouve,
caracteristico deste povo, só deixam falar o sábio até de novo aparecer o bobo,
quebras a melodia com uma ainda mais vazia ,
por isso mc's que discursão em vão são castigados em pleno dia,
não é que esteja a limitar-te, besberra-te se assim quiseres,
fala outra vez de noites e mulheres, atrais o que disseres mas afastas o que queres,
segue a luz e escolhe o lado, tás na sala do mundo a limpar fundos,
ou num mundo futil manchado ,
por isso se tens algo a dizer solta a tua voz que eu solto a minha,
ouvem.se urros de vitória ao subir esta colina, claro que a portunidade de ficar calado não caiu bem ao oportunista,
por iisso eu grito-lhe na cara se é oportuno ser artista,
Ouve de novo é a paz do povo, calma da alma, sangrar do topo , saio um segundo do barulho e penso, como é coerente o discursar do silêncio, vais ter de ouvir, o discursar do silencio
Nunca vais poder entrar no meu ouvido e custa muito menos a ti do que a mim
Nasci mais difícil do que o meu caminho
Silêncio é de honra, até os animais se põem com intrigas
E se forem seres humanos são os que mais estimas
Da dor recebo a luz porque se abre uma ferida vazia
Até lá não era o maior mas parecia
Nunca saí da caixinha, deixei música a tocar e andei
Mas tanto faz ser pisado aqui ou pisado lá
Por isso bazem
Deixei-te confuso porque não tenho conselhos, digo “APENAS REAJAM
OFEREÇAM FRENTE, FALEM POUCO, DIRECTAMENTE
FAÇAM POR AMOR MAS SAIBAM QUE É IMPOSSÍVEL NÃO TÊ-LO”
Isto custou…
Para aqui a armar-me em padre e sou o pior deles todos
Eternamente a ouvir que tenho aqui um potencial
Ou seja, que não consegui realizá-lo
De vez em quando ainda pago para actuar…
Sh.. É segredo
Sei que no fundo o que faço é só silêncio disfarçado
Mas dou a cara e sacrifico-a, nada justifica
Podia estar calado, sei que um dia consigo
E apresento-te a versão corrigida de mim
Antes disso só vai adiantar finger
Quando eu morrer também vou querer um minute
Mas de barulho onde há silêncio e de silêncio onde há barulho
Carreguem o meu corpo
Sempre na paz mas pesado
Desejaram a morte uns aos outros
A minha boca foi o túmulo´
Ouve de novo é a paz do povo, calma da alma, sangrar do topo , saio um segundo do barulho e penso, como é coerente o discursar do silêncio, vais ter de ouvir, o discursar do silencio
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