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O Partido - Carregados Para Lisboa

by O Partido (Pestana e Uno)

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Intro 03:43
2.
Vivo pelo baixo É na nota e vibracao e no fundo que me encaixo, Toca mais um grave quando a vida tá aguda, Mete os phones , fecha o mundo e vais ver que tudo muda, Bomba na coluna, Até sentes arrepios na nuca, pesa o reverb a fazer cocegas na espinha, Curou-me a escoliose pestana náo definha, Sigo de peito largo da cozinha para o mundo e do mundo para a cozinha, A fazer banquetes para a malta que gosta de partilhar a linha, E esta é de baixo imagina, Se não fosse este grave o que era das nossas vidas, Perdidos numa pauta sem orientação saída, Nem alguém atrás de nós que assegure que a falta não é sentida, Honesto como a classe que tapa a cara 4 cordas ao pescoço a viver no inefável Lá está ele, presta serviço aos amigos Mas raramente manda um solo porque nunca esteve sozinho Amplio a situação mais grave Ponho-me a gritar por cima com raiva, depois calmo A linha oscila sem parar como a do baixo Cama para sons acasalarem e dar o filho lindo Bem constituído, podemos fazê-lo aqui Estiveste sempre no auge da casa e não serás lembrado Nem sabem que vão sentir muito a tua falta quando desafinares Sou eu que decido quando deve mudar Mas no fundo é pai porque eu renasco cada vez que é tocado Já não ligam, sinto muito Ainda não ficam, é fumo a fumo Sombras pisamos todos No fim do dia o que importa é para onde foste Quem te vir a acordar por lá Que saiba o mundo todas as tuas noites Na escalada da montanha Ninguém vê estados espíritos na escada À noite os lobos comem Nunca estragues nada pela loucura Põe-te à postura, mais uma Largada na fugida Continua...
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Mantras 03:39
E hoje para me levantar da cama, Repeti um mantra genérico, Ainda tou a decidir se me parece inspirador ou pindérico, Sei que são, Certas palavras que repetidas me dao o motivar sintético, Necessário para enfrentar um mundo porco sem anticéptico, Sao vocábulos, rábulas usadas, são as onomatopeias vocalizadas , De forma sincronizada, para te levar a zona de motivação desejada, Onde náo és afectado por nada, onde a insegurança é macabra cabra maltratada, Mas na lixeira virtual hoje a sujice é tanta, Tive de lavar a cidade com gás e fogo para filtrar um mantra , Mas mesmo assim esta voz meus males não espanta, Demasiada alterada na melodia para agradar a minha cabeça tonta, Vai conta o que te motiva, a dizer o que te mantém vida, A fase ou frase alternativa, O clinch dum cliché que te persiga, E a tanto te obriga, O teu mantra ecoa na tua barriga, Faz rever no teu umbigo mas nunca o perdeste de vista amiga,, História repetida, cada um repete a frase que lhe soa bem ,misturada com o que lhe soa bem, nao e por mal nem bem , mas sempre papaste e siga, entao no silencio ouve-se uma frase batida, Cada mantra é uma chance de recomeçar a vida, , Merda, recomeço atroz, A repetir slogans industriais fiquei sem voz, arrastei-a por demasiadas vielas sem dó, Antes de a perder ssenti o nó , agora repito mantras sem sentido sentado numa sala só, Sem significado no pó, meu piano só toca dó, a restante sinfonia silenciou , por todos os mantras que tocou, e por conpurscar a sinfonia da vida com lemas que tornam tudo relativo , fui condenado a uma vida de mantras sem sentido, Durmo sozinho sem amigos imaginários porque sempre tive um espião passa-me o best off do Jim, ou compreende os meus ataques Para eu não acabar ali a ler a revista visão sem vista para aquele parque O prisma não me agrada A delirar ou a fazer som posso gritar à vontade e podes ver que já fui calmo Quando tinha calma era doido às escondidas até decidir dar a cara Aproxima-te à vontade, os dentes nunca foram facas Se foram foram falsas para assustar a malta, era tão fácil Sou a expressão da veia saliente na testa que dá conversa mas não cabe lá nem um dedo Insere-o no teu buraco (um qualquer) E se doer ou perguntarem porque gritas, são terapias do oriente Já me perdi no meio do progresso que até simula atraso Mas misturo bateria e baixo com palavras sem nexo para um gajo pouco cultivado Louco, nunca internado Habituado a dizer “éhh lá” e a ser o elo mais fraco Depois ir para casa para treinar mais E ver que a vida é Karaté mano, solta o teu Ki-ai
4.
Nem se quisesse comia, nem sequer olhava Para uma gaja boa quando ela passava As ruas eram corredores da casa Eu ponderava, reflectia, mas nem sequer pensava (x2) Um minuto para sair e fazem-te uma reclamação Caso ignores o teu posto de trabalho sofre arrastão E eu apareci depois Já não estava tão atento nem em todas as situações Fui-me deixando abater por uma gaja Mal saía Não viajei por guita Vê o que elas fazem quando um gajo até se aplica Mas que se foda Ao menos ouve os sons Pesquisa no youtube os nomes nas horas em que vejo conteúdo porno Agora não procuro domínios, era uma luta E eu tinha de guardar a energia para o sistema Editoras vi que eram treta A minha avó que dê a opinião e edite a letra já que é ela que me sustenta e eu assino Há muito que não pensava assim Dizem que estou maluco mas perdi a pressa e provérbios não resultam comigo Excede a verdadeira regra e diz que este peso a mais não é o do emprego nem dos filhos Mas é parecido Pensamento ao teu dispor, sujidade humana dói Mas pensa sem utilidade, vê com a parte branca dos olhos Sem segundas intensões não os fodes Eles não te querem violar, querem é que tu gostes só pode ser a mais bela arte, passar tanto tempo numa catarse automedicada sem me dar um enfarte ou uma cena marada, abri a porta de casa olhei para a estrada, bastante similar ao corredor que me antecipava, há de ser confusão mental provada ou falta de pensamento, ou a coiciência de ser um bocado tudo o mesmo, e o meu mecanismo automático já foi ligado, agora faço tudo sem sobrecarregar o cinzento encarregado, é nefasto ter de pensar um bocado, queria nascer ponderado, deslinhar o caminha traçado e ser globalmente reverado, como o poço de todas as boas decisões do mundo, mas o meu poço é seco e vil e vai demasiado fundo, e não há de ser confusão mental mas afinal uma catarse meio resolvida, fase temporária de todo o tempo da vida, em que eu não como não bebo não fodo não fumo, não olho para a próxima querida como um produto de consumo, nem durmo, demasiado tempo acordado a tentar não adormecer para ter mais tempo para tentar pensar ou pensar não o fazer, na simbiose mais perfeita que alguma vez foi acontecer, parido numa rua dentro de uma casa a estremecer, faço-me fraco na hipótese de vaguear até ao adormecer, mas mesmo assim na prega e com vontade de beber, sem fome mas com vontade de comer, sem dormir mas com sono, as ruas são corredores sem pensar vou pensando Nem se quisesse comia, nem sequer olhava Para uma gaja boa quando ela passava As ruas eram corredores da casa Eu ponderava, reflectia, mas nem sequer pensava (x2)
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Amanheceres 04:46
6.
Engano 00:49
Observo o panorama, amo quem me engana, ignorância é dádiva no torturar da selva urbana, aprendi a apreciar a beleza da omissão, não a pratico mas salvou-me da implosão, longe da cabeça, longe do coração, perto da insanidade, perco se passar um bocado, peço que não me mostres a verdade se sabes o resultado, de antemão sabia que devias ter estado calado, porque no fim até sei tudo, sou seletivamente astuto com as merdas que tiro do mundo, energias levam-te ao fundo e o submundo cola, novo habitat entorta-te a mola até que já nada descola, dessa mente morta, comporta, não reveles luz à marmota, se a vida desta é toca
7.
Dependemos do fim do vento para assentar sem raíz consistente fui ao céu ser puxado (passou bem?) esta mão contém restos amigos verdadeiros, por isso não vão quando eu quero evitar quedas ou ajudar-me a levantar-me depois delas está tudo marcado para quando um gajo recupera o céu abre assim que puder avançar não cresci um caralho, odeio ser adulto, encaro isto como oportunidade para ser porta voz do passado porque tinha razão morria entretanto na estrada, mas com a pizza entregue família cresce nos concertos, g'anda obrigadão rendeu 400 a dividir por 10 e é tão bom assim se eu for mesmo olha para cima, sou eu a escrever com pássaros: sa foda o mainstream de passagem, aviõezinhos pela varanda foi a minha primeira estratégia de marketing e nunca fiz melhor mas acredito que para mim seja mais fácil ir falando com toda a gente existente cara-a-cara, sem medo se curtirem ficam com o meu número, e esperam pelo cd vai ver o tecto da rua, tá limpo ando profissional a manter o meu espírito principiante eu sei que precisas do que não queres imediatamente um ecrã público no céu com os teus pensamentos Marcha fúnebre, elitismo sobre massas, Lá fora é bonito mas cá dentro até te passas, todos são cobaias ,vénias sobre males mas, está tudo bem, ouço ao longe o pifarinho da minha marcha fúnebre, não nos dávamos assim tanto mas agora há algo que nos une , e ainda bem que apareceste para me mostrar homenagem, parece que com tanta gritaria lá passei a mensagem, ou então vieste cobrar o preço, tive a pensar duas vezes e afinal não sei se te conheço, é que hoje em dia tudo o que gravo esqueço, sou o começo do ser imenso que velhas tentam afastar agarradas a um terço e como é que vais , ya compadre vamos indo, tá tudo tranquilo, em terras de limbo, este silêncio ensurdecer pôs-me a pensar mais e acabei por criar carinho pelas minhas feridas mortais e de vez em quando também paro no agora, Largo a penitencia por pensar e vou fumar uma la fora, por acaso saí da neura afinal não era minha, olha para cima fodass o céu reflecte o dia que se avizinha, tantas cores 7 em linha , num transe que me domina, 3 arcos íris fundidos numa aguarela partida donde nasce vida, e eu vejo espectador já que a minha foi colhida, sim o céu estava divino e eu parei para observar mas ao virar da esquina ouve-se a marcha a tocar. Estava traçado o meu destino e eu nada o fiz para o alterar mas deixa o caixão aberto que eu quero olhar e talvez me redimir abraça a minha mãe diz que não fiz por mal e nunca quis ficar aqui, para todos os crimes que me acusam eu disponho de álibi, vivi uma vida de honra dependendo do que é honra para ti, viajei por muitas terras foram muitas que não senti, tropecei em muitas quedas e muito mais alto subi, fui consumido em fogo e em cinzas me sumi, ouvi soar a minha marcha mas este e o céu mais lindo que eu já vi. Marcha fúnebre, elitismo sobre massas, Lá fora é bonito mas cá dentro até te passas, todos são cobaias ,vénias sobre males mas, está tudo bem
8.
Mulheres 02:26
9.
Tou me a cansar pra que, tou me a cansar pra que, tou me a cansar pra que Numa corrida que ninguém vê, Dentro desta pequena arena em que somos reis e senhores, sem favores partimos na busca da palete da ausência de cores, Sempre foi assim semelhantes a correr pro infinito, o destino é a viagem e tenho dito, correr em direções opostas a ver quem chega o primeiro, segues de costas bates em ti mesmo depois de passares o mundo inteiro, sou o país sem governo, doutrina sem definição paradoxo sem questão, político nasce sem terno cresce no partido que é a alusão a ilusão, tanto tempo voluntário a sonhar com a remuneração, para que me canse dela e me remeta a abstenção, é a corrida, vais saltas cais levantas e procuras a saída, o suave desgastar é só batida, e o que tá embaixo é comida, o rei da selva é homicida, é a vida, não era bom descansar a perna sem a passar por cima Nunca ouvi o disparo da partida Na meta não há fita Pelo menos ninguém que me a diga já Ainda falta tudo para lá chegar, é o que interessa E em qualquer corrida o que importa é teres pernas Vais pensar em mais o quê? Se calhar mais vale silêncio Estamos sempre a querer mais Como viste até eu fujo do meu sossego A grande corrida contra ti é estares quieto Sem correr, sem morrer Porque é que pensas que eu estou a falar? Tanto faz, de corridas reais ou de produtividade Sê humilde, é isso que eu tenho sido Ouve isto até ao fim, eu digo-te como tem corrido... u não me vês mas lês-me,tu és tudo e tudo é o mesmo
10.
Metáfora 04:09
Então mais directo: Como é sentir um raio dos nossos que mata o rei, salva o deus ou tira à sorte? Procurámos atalhos para o céu no céu da boca Gosma ficou por sair Que se lixe, ‘tamos nessa onda todos Lembra-me os momentos a foder táxis com balões Agora tudo é uma metáfora, tanto palavras como acções (É TEMPO OU ÁGUA) Juntos somos mais fortes mas eu quero ser fraco Enquanto a terra estiver próxima de sofrer o enfarte Ou não queres prever o embate? Dar na fruta despreocupado, desprotegido Procurado por ti próprio mas ainda ocupado O campo é vasto (o que é que se passa?) Um contra um não nos encontramos (Queres lutar?) Se pensas que és grande o próximo passo é duvidadares Porque a via, a corrida, o jogo Deram motivos de orgulho para quem se interessou por pisar o outro Mas vocês não dizem nada Há sempre uma metáfora para ser procurada Misturo realidades, por isso há quem me chame falso Já caiu, tornei-me musgo no muro da tua casa e acho que vou preenchê-lo Venho por bem logo entro logo para desconstruir um mundo reduzido ao conseguir ou não fazer Ou então junto o tal silêncio às minhas ideias Quero um bom entendimento mas com a palavra inteira Consciente de que aquilo que eu quero já não me diz nada É só mais uma vontade entre as várias Não serão satisfeitas por completo E peço à natureza: domina-me Choro e cresço diariamente, é a minha vida resumida Agora rio-me poucas vezes Mais para dentro do que para fora A confiança nunca é toda quando rebento com uma porta Seja vossa ou minha Levo a sério a harmonia, rezo um caos nosso Lei da selva pertence a ela, não é do mais forte E tu vais ser caçado Um inimigo prestes a ser abafado Pois amo-te como tu me odeias e hoje apetece-me abraçar-te
11.
Simultaneamente aqui e a colar noutro ponto qualquer Sempre mais longe do que estou à espera Um momento, algo me interpela Tirar as lâmpadas e pôr as velas Como é que eu digo isto sem parecer ridículo? A minha confiança é sensível Ainda bem que ninguém quer acabar comigo Não é fácil desabafar sendo a causa do teu estrilho Toda a gente dizia que me ajudava se eu pedisse Não pedi Dependia de mim (bora) Mas facilitar custa Ler tudo e assinar sem perguntas já borrado de culpa Pensamento à balda na merda que eu respiro Tanto ser racional como vivo mas dividido em cada escolha Em criança isto tinha mais piada Agora dizem-me “pensa rápido” e não me atiram nada Tempo a parar, quase nunca aproveito Tenho um plano, bato de cornos com a lei e vou abortando Vês-me bem? Estás-me a sentir distante? Foi neles que eu fiquei Estado de vigília, objectivo pequeno Ganda filme pô-lo em cena e um final em aberto O que faço é o que sou Deixei alguns planos a meio De mim ficou metade e o mundo aumentou E o senhor captou? planeava ser o epicentro do aumento mas tudo sem mim mudou, pera ai que já lá vou, aguenta um bocado que já faço, náo há tempo, nem vontade, nem recursos, tá escasso, desde puto que não concluo metade das fases que passo, meio rapper , meio poeta , meio punk , meio palhaço. mas completo sorriso ao ver o mundo a arder, seu eu planeasse nada disto iria acontecer, man, regava tudo de gasolina e não trazia a ignição, ou queimava me a mim próprio sem a chama tocar no cháo, do caos à paz, do sereno à confusão, caminho personalizado pelo pé que toca no cháo, de plano em plano furado até o meio ser conclusáo, de nike em nike cansado por demasiada utilização, tão bem que sabe vaguear um bocado, depois de ter cagado em tudo do presente e do passado, bazei de casa e na passada o resto tá trancado, passei por percaução meti mais um cadeado, das cinzas ao pó e da merda a tudo o resto, o plano é não ter plano sem ser o manifesto, honesto, desde a partida no partido certo, a improvisar maneiras de vir a rebentar com o tecto
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Apanhei os fósseis, não vi primeiro nascimento Mas sinto a presença dele nos meus dedos enquanto preenchemos o branco Sem satélites as estrelas eram poucas Do outro lado do mundo falava-se daquilo que o grego conta nas termas Eu era novo, queria ter visto menos personagens tipo Mas acabo a repetir comportamentos Por isso 24 anos foram 24 horas Água, fogo, mantra, logos, soube de quase todas as hipóteses E tentativas de atingir totalidades Matar religiões porque o negócio é meditares O que entrava no ouvido era a respiração enquanto subias montes Havia a paz e o amor mano, só não havia nomes para isso Porque ninguém pensava que ía escassar Enquanto não corrigirmos o teu destino é passado E eu já estou aqui suspenso (vem aí man) A alma faz nudismo e nem para tudo tens uma primeira vez Já fodi tudo Queria regar um paraíso, inundei um buraco escuro Que engole tudo numa manhã de vácuo, inventei o tempo e banhei-me nele, Senti o escorrer dos segundos pelo corpo e pele, A cada respirar exalava toda a vida e morte, Azar e sorte, fiquei com fome comi o espaço e fiz de fel e bilis na sala de corte, Não é que me importe , mas é ingrato distribuir fé a matilhas de ateus , Então a humanidade nasceu assim do aborrecimento de um deus, Decidi tentar uma ultima vez a formula furada, Juntar a semente sagrada com uma terra abastada, Mãe do tudo e nada, rocha embolachada que fiz especial no meio da maior fornada, mistura salganhada então enganei.me na receita por um microssegundo, e ai sucedeu a maior explosão alguma vez vista pelo mundo, e ai vi, o sol e lua numa dança ancestral, Paixão carnal, que radia um e petrifica a tal, Bonito espetáculo, bebo mais um golo da ambrósia mais barata no meu apartamento cavernáculo, no bairro de lata deste céu onde sou portador do meu furúnculo, debaixo da unha tenho um tentáculo, depois da ventosa tenho o mundo,
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Sombra até para quem conheço Não conhecia nenhuma puta e hoje tudo tem um preço Quem é que anda por aí? Sou o filho menos rebelde Aquele que menos quer e acaba a dormir em pé Para amanhã acordar às tantas Bulir, sair e gravar maquetes A energia depende do que está aberto a estas horas Deixem-me abastecer e fechem a loja Sou filho da sorte São 5 da noite (isso existe?) Sem saúde porque o vosso brinde já foi Mas é só mais um atraso Geralmente estou desculpado O que conta é estarem todos acordados Circula com pouco gasto Guarda os 40 da mucha e apanha uber para o Carregado Vampiros andam atentos aos teus movimentos Quando a noite é uma criança sabem que a criança cresce Não é cedo, mas murchas de cansaço A natureza anda estranha para quem pensa em plantar Hoje matei uma melga, que ela descanse em paz Sou filho da noite e à noite fazem-se os animais dos mais chatos Estou em contacto A melga ouve o que eu vou rimar Vivo sem muita confiança porque assim que puder ponho-me no teu lugar Perdido na noite mais escura Não existe luz na rua Sinto que a luz solar a minha alma já não fura Podia ir lá para fora mas o espectro censura-me (2x) desliga o foco fecha a cortina pinta a parede sou filho da noite, a girar pela cidade com uma garrafa e uma foice, a mirar o horizonnte dum campanário atento às baladas, e quando batem 12 então começam as caçadas, bruxas enfeitçadas, receitam conjuras endiabradas, em capelas arruinadas, abandonadas por pessoas que pela fé foram deixadas, a convivência com fantasmas acontece aos olhos de gente calma, aldeões à volta da fogueira em conselho, hà profecias esta noite o céu está pintado de vermelho, os gatos pretos foram esfolados e há uma semana que ninguem se olha o espelho, os insetos lutam para não serem esmagados primeiro, entáo sem opçáo repsiro escuridáo, sou réu do bréu, duma noite sem previsão de terminação, já adaptei os olhos às formas do vazio sem razão, agora adapto a tua alma Às sombras do interior do caixão, és tu ou eu não? campeão? nao devias sair de casa se não aguentas a pressão, à noite soltam -se os demónios e as filhas da aflição, são julgados os pecadores e a terra entra em renovação, doutrinas e senhores são queimados a fogo posto, só é salvo do renascer quem da escuridão é composto, então o que dizem os meus olhos, a rotina traduz poço, cai cospe na mão vomita a luz que consumiste ao almoço, perde-te nos recantos da cidade que nunca foi inocente, e mata, todo o indifrente, que tenta pregar a um morcego que isto não são horas de gente, burro sai da frente. Perdido na noite mais escura Não existe luz na rua Sinto que a luz solar a minha alma já não fura Podia ir lá para fora mas o espectro censura-me (2x)
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Barulho 04:30
talvez peça desculpa por te interromper, mas a comichão, de versos presos na gargante mete o meu corpo a estemecer, quase que vomito quadras desenquadradas, mas o urso hiberna e respeita o discurso do silêncio que se impos na caverna, e sinto que se deviam ouvir vozes nas casas, nas salas nos corredores nas camas nas estradas, em terras perdidas e achadas na algibeira de alguma entidade que nos criou numa tarde entediada, somos nada, por isso se esse é o cenário , não quebres o silêncio, se não for para dizer algo pega no mano do lado e convence-o, que há muito muito tempo que soam as mesmas vozes repetidas, e devido a esse cantar desafinado é que as nossas casas estáo vazias , era isso que querias, toda a gente fala mas ninguem se ouve, caracteristico deste povo, só deixam falar o sábio até de novo aparecer o bobo, quebras a melodia com uma ainda mais vazia , por isso mc's que discursão em vão são castigados em pleno dia, não é que esteja a limitar-te, besberra-te se assim quiseres, fala outra vez de noites e mulheres, atrais o que disseres mas afastas o que queres, segue a luz e escolhe o lado, tás na sala do mundo a limpar fundos, ou num mundo futil manchado , por isso se tens algo a dizer solta a tua voz que eu solto a minha, ouvem.se urros de vitória ao subir esta colina, claro que a portunidade de ficar calado não caiu bem ao oportunista, por iisso eu grito-lhe na cara se é oportuno ser artista, Ouve de novo é a paz do povo, calma da alma, sangrar do topo , saio um segundo do barulho e penso, como é coerente o discursar do silêncio, vais ter de ouvir, o discursar do silencio Nunca vais poder entrar no meu ouvido e custa muito menos a ti do que a mim Nasci mais difícil do que o meu caminho Silêncio é de honra, até os animais se põem com intrigas E se forem seres humanos são os que mais estimas Da dor recebo a luz porque se abre uma ferida vazia Até lá não era o maior mas parecia Nunca saí da caixinha, deixei música a tocar e andei Mas tanto faz ser pisado aqui ou pisado lá Por isso bazem Deixei-te confuso porque não tenho conselhos, digo “APENAS REAJAM OFEREÇAM FRENTE, FALEM POUCO, DIRECTAMENTE FAÇAM POR AMOR MAS SAIBAM QUE É IMPOSSÍVEL NÃO TÊ-LO” Isto custou… Para aqui a armar-me em padre e sou o pior deles todos Eternamente a ouvir que tenho aqui um potencial Ou seja, que não consegui realizá-lo De vez em quando ainda pago para actuar… Sh.. É segredo Sei que no fundo o que faço é só silêncio disfarçado Mas dou a cara e sacrifico-a, nada justifica Podia estar calado, sei que um dia consigo E apresento-te a versão corrigida de mim Antes disso só vai adiantar finger Quando eu morrer também vou querer um minute Mas de barulho onde há silêncio e de silêncio onde há barulho Carreguem o meu corpo Sempre na paz mas pesado Desejaram a morte uns aos outros A minha boca foi o túmulo´ Ouve de novo é a paz do povo, calma da alma, sangrar do topo , saio um segundo do barulho e penso, como é coerente o discursar do silêncio, vais ter de ouvir, o discursar do silencio

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released November 4, 2020

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